quarta-feira, 30 de junho de 2010

CHOCOLATE SEM CACAU (Pode isso, Arnaldo?)

Nesse jogo, ninguém pode culpar a jabulani pelo placar: se houve um culpado, foi o Larrionda, o juiz. Ou – segundo a FIFA – quem mostrou o replay do lance no telão do estádio.

Afinal, a bola entrou só 33 cm. O que, para os ditos avantajados padrões africanos, é relativamente pouco.

A Inglaterra jogou sem sua dupla de volantes titular – Robin Hood e Ronald Biggs – o que a prejudicou muito no quesito roubadas de bola.

Os alemão, mesmo sem Cacau, deram um chocolate nos bretão, que haviam superado suas divisões panzer, na copa de 66, na Normandia, com uma bola que não tinha entrado em sua casamata. O chocolate, diga-se de passagem, estava gelado, porque, como diz um velho ditado alemão, “a vingança é um prato que se serve frio”.

Agora, porém, a máquina germânica estava tão engrenada que se deu ao luxo de fazer uma troca de Özil antes do fim do jogo.

MADE IN JAPAN 0X0 MADE IN CHINA

Japoneses originais e paraguaios made in China fizeram um jogo emocionante e movimentado, para quem gosta de assistir partidas de xadrez ou corrida de lesma na TV.

Com seu ataque titular - Jack Daniels, Johnnie Walker e Ballantines - Paraguai prometia muita dor de cabeça ao Japão.

Por sua vez, o Japão procurava explorar a velocidade de seus atacantes, Honda, Suzuki e Kawazaki que, conduzidos por Satoru Nakagima, não renderam o esperado.

O atacante Barrios, um paraguaio legítimo, nascido na Argentina, era o mais efetivo no ataque guarani. Ao contrário de Okubo, atacante japonês com grandes dificuldades para fazer a bola rolar.

Enquanto o Paraguai parecia crescer no jogo, os japoneses insistiam em miniaturizá-lo e colocá-lo em um chip.

A partida terminou empatada e foi para a prorrogação, quando o Japão, numa tentativa desesperada de resolver logo o mata-mata lançou mão de seus artilheiros Kamikaze e Harakiri, sem muito êxito.

Embora os japoneses do Japão fossem mais criativos que os japoneses do Paraguai, o empate persistiu e a decisão ficou mesmo para a disputa de pênis.

Obviamente, os japoneses perderam.

CHILE VOLTA A TREMER

A partida entre Brasil e Chile, na última segunda-feira, alcançou 3 x 0 na escala Richter e deixou nossos adversários bastante abalados.

Foi um jogo fácil, em que os chilenos, como sempre, amarelaram diante da nossa amarelinha.

Temendo que se repetissem os grosseiros erros de arbitragem ocorridos em partidas anteriores, a FIFA decidiu lançar, pelo Twitter, uma campanha mundial intitulada CALA A BOCA, ARNALDO!

Ao ser flagrado por uma das 59.832 câmeras do estádio (32 da Fifa e 59.800 celulares e filmadoras de torcedores presentes) dizendo um sonoro palavrão, o meia evangélico, meia badboy, Kaká destinou 10% do bicho à bispa - a quem muitos foram se queixar do destempero verbal do atleta – e não se falou mais nisso. A oportuna intervenção da bispa no episódio foi fundamental também para neutralizar um emergente TT no Twiter – LAVA A BOCA, KAKÁ! - desencadeado por membros de uma seita religiosa adversária.

Enquanto isso, o técnico hermano-chileno El Loco Bielsa, passou todo o jogo de cócoras à beira do gramado, após misturar Actívia com Valdívia.

LUSA 0 X 1 GALÍCIA

Portugal e Espanha reeditaram, na última terça-feira, o paelhada – como é conhecido, dos Leixões à Catalunha, o clássico ibérico que põe de lados opostos da cancha os amantes da paella e da bacalhoada.


Com Sacadura Cabral e Gago Coutinho no ataque, Portugal sonhava voar alto, mas a equipa da Espanha veio fechadinha no meio de campo, com Xabi Hernandez, Xavi Alonso e Xavi de Cadena.

Por outro lado, Portugal não contou com Salsão e Cebolão, cortados, que, ao lado do Coentrão, teriam feito a peleja tornar-se mais Sabrosa.

Como era de se esperar, foi um jogo duro. Até porque o luso-brasileiro Pepe estava em campo e chegou a fazer dois wazari, antes mesmo do final do primeiro tempo. Ao final da peleja, a defender-se das acusações de que sua perna de pau-ferro poderia ter causado sérias lesões aos adversários, minimizou e saiu-se com esta: “Quem quer passar além do Bojador, tem que passar além da dor” – citando o grande poeta alagoano, Catulo da Paixão Pessoa.

Não brilhou, mais uma vez, a estrela do futebolista metrosexual pop Cristiano Ronaldo. Já o gel e luzes aplicados ao seu cabelo...